Professores do Grupo de Avaliação Psicológica do Potencial Humano da PUC-Campinas estão lançando uma cartilha que auxilia a população a manter a saúde mental e a aproveitar o período de quarentena usando a criatividade para seu desenvolvimento pessoal, interpessoal e social.
“Criatividade e saúde mental em tempos de Pandemia” está disponível na internet, traz uma série de orientações e teve apoio da Associação Brasileira de Criatividade e Inovacao (CriaBrasilis).
Segundo a Profa. Dra. Solange Muglia Wechsler, coordenadora do projeto, o objetivo foi colocar à disposição da população os resultados de uma série de pesquisas desenvolvidas na Universidade.
“A PUC-Campinas é o maior centro de pesquisa sobre criatividade no Brasil, é a instituição onde mais se pesquisa o tema. Com a cartilha estamos levando alguns resultados desse trabalho para a sociedade”, afirmou.
Ela diz que o material divulgado tem algumas linhas. Uma delas é a questão pessoal, de como os indivíduos podem aproveitar este período para se conhecer mais e desenvolver suas habilidades. Outra linha é nas relações interpessoais, principalmente o convívio com crianças e idosos. Uma terceira é nas relações sociais, com o fortalecimento da necessidade de cooperação e auxílio.
“Este momento tem que ser visto como um desafio. A criatividade sempre busca alternativas, saídas e superação das dificuldades. É o momento de descobrir suas habilidades e se dedicar a elas”, diz a professora.
A professora ainda ressalta que todas as pessoas são criativas e podem se desenvolver em diversas áreas, como da culinária, fotografia, pintura, escrita, artesanato etc. Outro exercício criativo proposto é o de projetar dez anos à frente, em 2030, e escrever sobre o que ocorreu neste período de pandemia, o que a pessoa fez para superar a crise e se desenvolver.
Sobre a relação com as crianças, Solange lembra que este é um período muito importante para elas. “É o momento de os adultos aproveitarem que estão mais tempo com elas para prestar mais atenção e estimular a criatividade e as emoções das crianças com quem convivem”, diz. Com os idosos esse convívio também é importante.
Nas relações sociais, a professora destaca a importância de mudar e deixar de lado o foco somente nos interesses pessoais, percebendo a importância que temos para outras pessoas, próximas ou não, e para a sociedade em geral.