A pandemia de COVID-19 vem provocando quedas na fabricação e interrupções na cadeia de suprimentos de muitas empresas em todo o mundo. Embora a prioridade imediata seja manter o suprimento e atender às necessidades dos clientes – geralmente através de um trabalho manual rigoroso – os líderes também devem analisar os problemas atuais para poderem se preparar para futuras interrupções.
A maioria dos líderes de supply chain ainda estão na fase reativa de como lidar com essa pandemia. Isso inclui combater o medo e a incerteza em torno da escassez e medir o impacto geral que o coronavírus terá nas operações da cadeia de suprimentos e de logística. Porém, dados os custos extraordinários que muitas empresas estão enfrentando, elas deveriam começar a identificar ações que irão melhorar sua resiliência.
Ninguém pode prever o futuro. Mas podemos estar muito mais preparados e fortalecer a cadeia de suprimentos, se aproveitarmos toda a capacidade da Inteligência Artificial (IA) e de outras tecnologias emergentes que podem ajudar as empresas a manter a continuidade dos negócios em meio a interrupções e incertezas.
De acordo com um novo relatório do IBM Institute for Business Value “COVID–19 and Shattered Supply
O poder preditivo da IA
Usando a IA, as organizações podem transformar em tempo real dados não estruturados em insights que ajudam a prever interrupções e vulnerabilidades, fornecendo visibilidade em curto prazo. Com a IA, os profissionais de supply chain podem otimizar pedidos com base em fatores como realocação e priorização de estoque. Isso permite que as equipes reajam mais rapidamente e reduzam centenas de horas de trabalho manual de coleta de dados para que possam se concentrar nesse trabalho de maior valor.
“As cadeias de suprimentos evoluíram para uma rede de centenas de fornecedores, subcontratados e centros de distribuição, espalhados por todo o mundo. Mesmo os menores transtornos podem ter um efeito enorme, afetando toda a rede de suprimentos.
Na última década, muitas organizações foram impactadas por problemas que causaram oscilações em toda a cadeia de suprimentos global. O que aprendemos é que nenhuma empresa pode se dar ao luxo de não ter uma estratégia de suprimento dinâmica e multidimensional capaz de responder a interrupções”, diz Felipe Posada, líder de IBM Sterling para a América Latina.
À medida que as organizações continuam avançando em direção a cadeias de suprimentos inteligentes e auto-ajustáveis, três estratégias devem ser consideradas:
•Reavaliar a estratégia de fornecimento e redesenhar a rede de fornecedores: equilíbrio entre o nível de risco que a empresa pode tolerar e a quantidade de flexibilidade operacional que deseja alcançar. Usar a IA para analisar dados não estruturados em tempo real para fornecer alertas que ajudem a prever rupturas e vulnerabilidades e prover insights sobre as ações corretivas recomendadas.
Por exemplo, a Master Lock Company, maior empresa de cadeados e cofres pessoais do mundo, integrou recentemente um número significativo de parceiros globais adicionais. A empresa escolheu a IBM para migrar seu EDI (Electronic Data Interchange) para o IBM Sterling Supply Chain Bu
•Criar modelos mais inteligentes de cadeia de suprimentos e análise de cenários: usar digital twins tanto para fornecer avaliação imediata, quanto para poder avaliar continuamente no longo-prazo o bom equilíbrio entre operações enxutas e mitigação de riscos. Usando ferramentas de análise, IA e visualização, é possível modelar e depois incorporar flexibilidade e opcionais às cadeias de suprimentos estruturais.
•Oferecer novos modelos de execução: permitir que seus clientes tenham ainda mais opções ao realizar transações com você, como retirada na loja ou no depósito, por exemplo. Isso diminuirá o impacto no lado da demanda da cadeia de suprimentos, além de melhorar a experiência do cliente.
“Os profissionais de supply chain estão e continuarão lidando com os desafios imediatos que enfrentam durante essa pandemia. As organizações estão aprendendo a gerenciar, prever e limitar melhor a gravidade das interrupções, desenvolvendo as capacidades necessárias para responder a eventos futuros com rapidez e segurança”, conclui Felipe.