Antes um item de uso diário para muitos brasileiros, este meio de locomoção está sendo estacionado nas garagens e deverá permanecer parado por um período ainda incerto devido às regras aplicadas pelo isolamento social em combate ao novo corona vírus. Mas longos períodos sem uso podem trazer problemas para o veículo.
Consultamos Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell, que elencou algumas dicas de como cuidar do carro neste período e evitar problemas sérios quando ele voltar a rodar.
Motor
Intervalos de até duas semanas sem uso não representam problemas para veículos que estejam com a manutenção periódica em dia. Mas acima deste tempo, Gilberto Pose recomenda ligar o carro por cerca de 10 minutos, de uma a duas vezes por semana. “Mas tenha cautela! Não mantenha o veículo ligado em locais fechados ou sem ventilação. O monóxido de carbono emitido pelo escapamento é altamente tóxico”.
Quando o veículo voltar a rodar com a frequência regular, evite forçar o motor. Mude as marchas corretamente, no tempo adequado sugerido no manual do proprietário e deixe o aquecimento acontecer de forma gradativa.
Pneus
Mantenha os pneus bem calibrados, com a pressão máxima indicada no manual do proprietário. Isso evita que o peso do carro deforme a cinta metálica do pneu e eles fiquem desiguais, o que pode causar instabilidade ao dirigir. Para períodos muito longos sem uso, acima de um mês, o recomendado é manter o veículo sobre cavaletes de apoio específico para automóveis. “Assim que voltar a tirar o carro da garagem, não deixe de fazer um balanceamento para se certificar que os pneus estão em condições ideais de uso”, recomenda Pose.
Bateria
Alguns componentes consomem bateria mesmo com o carro desligado. É o caso do rádio e do alarme. Há quem prefira desconectar a bateria para evitar seu desgaste, mas Pose alerta: apenas especialistas devem mexer neste componente. “Por armazenar muitos produtos químicos para gerar energia, um descuido ou uma conexão errada pode gerar curto-circuito ou mesmo provocar um incêndio”.
Tanque de combustível
O especialista em combustíveis recomenda manter o tanque cheio durante o período em que o carro ficar parado, de preferência com gasolina ou etanol, ambos aditivados. O combustível comum, ao envelhecer, tem maior tendência a formar gomas e vernizes que se fixam ao sistema de alimentação de combustível. Tanque, bomba, filtros e principalmente as partes mais quentes do motor por onde o combustível passa (carburador ou bicos injetores, válvulas de admissão e anéis dos pistões) são áreas sensíveis a formação dessas impurezas que a gasolina comum não consegue dissolver.
“Somente um combustível com um aditivo efetivo, como as opções da família Shell V-Power, consegue dissolver esses resíduos e prevenir a formação dos mesmos. Gomas e vernizes podem causar o travamento de válvulas de admissão e com isso danificar o motor internamente. O aditivo aumenta o período de resistência a oxidação, dando maior estabilidade aos combustíveis. De acordo com a especificação para combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, a gasolina comum tem de resistir no mínimo a 360 minutos de teste corrido em laboratório, o que na prática, corresponderia a 6 meses de estoque no tanque do veículo. Já a gasolina aditivada resiste pelo menos ao dobro deste tempo”, explica Pose.
Já para os carros flex, a recomendação é sempre usar gasolina aditivada no reservatório de partida a frio, tanto quando o uso do carro for frequente ou durante o período em que estiver parado, evitando o envelhecimento do combustível e a formação de resíduos que podem entupir todo o sistema de combustão do veículo.
Óleo e lubrificantes
Durante um período muito longo sem utilização, os fluidos do carro também podem envelhecer, perder suas propriedades e acabar por danificar componentes do carro. O óleo dos freios, por exemplo, quando perde suas características, pode travar o sistema de frenagem. Já o líquido refrigerante, quando envelhecido, pode corroer o sistema de arrefecimento. O óleo do motor também precisa estar em dia, fazendo com que todos os componentes permaneçam bem lubrificados para evitar desgaste das peças. Se usar o carro brevemente durante o período de isolamento, preste atenção quanto à rodagem do motor a frio, que acontece quando o veículo percorre trechos curtos e o motor não atinge a temperatura ideal. A rodagem a frio pode levar a uma contaminação do óleo do motor pelo combustível.
Ao voltar a usar o carro frequentemente, é indicado fazer um check-up geral e verificar a necessidade de troca de óleos e fluidos. Nos modelos automáticos, certifique que o fluido de câmbio está em ordem. E atenção! É importante ter sempre em mente o prazo de troca de óleos e lubrificantes do veículo, respeitando a indicação do fabricante. “Fazer a troca por tempo de uso ou quilometragem rodada ajuda na manutenção preventiva do veículo, tanto para bom uso quanto para segurança de todos”, alerta Pose.
Mangueiras e correias
As peças de borracha também precisam de atenção. Com pouco uso, podem acabar ressecando e sendo necessária a troca. Cheque se o período de troca destas peças está dentro do prazo e faça a manutenção adequada. Verifique também a condição dos limpadores de para-brisa, pois a borracha das palhetas também pode se danificar.
Freios
Longos períodos sem uso também podem danificar os freios. “Em locais úmidos, o sistema de frenagem pode oxidar e ter a eficácia comprometida, o que é um grande risco para a segurança”, explica Pose. Se o carro estiver parado em um local plano, uma opção é usar calços nas rodas para mantê-lo parado em vez do uso contínuo do freio de mão, já que a umidade pode danificar os freios, mesmo nos sistemas a disco.
Sobre a Raízen
A Raízen é uma empresa integrada de energia que atua em todas as etapas do processo, desde o cultivo da cana, com a produção de açúcar, etanol e bioenergia, até a comercialização, logística e distribuição de combustíveis, tão essenciais no dia a dia das pessoas e dos negócios. Conta com um time de cerca de 29 mil funcionários, que trabalha todos os dias para crescer junto com a companhia e gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do País, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir do bagaço da cana.
Com 860 mil hectares de áreas agrícolas cultivadas – e uma das maiores no setor de combustíveis, com mais de 7.000 postos da marca Shell – além de cerca de 1.000 lojas de conveniência Shell Select, considerando Brasil e Argentina. Destaca-se como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no país, com R$ 103,9 bilhões na safra 18´19.
São 26 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia – e uma planta de etanol 2G -com capacidade instalada para moagem de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, que produzem cerca de 2,5 bilhões de litros de etanol por ano e 4,2 milhões de toneladas de açúcar.
As unidades têm capacidade instalada de cerca de 1GW para geração de energia e produzem, por ano, 3,64 TWh de energia elétrica a partir da biomassa, dentre elas o bagaço da cana-de-açúcar. Por meio de sua atuação no mercado livre de energia em conjunto com a WX Energy, a empresa comercializou cerca de 16,6 TWh de energia na safra 18´19.
Nos segmentos de transporte, indústria e varejo, a Raízen comercializa a cada ano aproximadamente 25 bilhões de litros de combustíveis, e opera em todas as regiões do País por meio de 68 bases de abastecimento em aeroportos e 68 terminais de distribuição de combustível.
Na Argentina, onde começou a atuar em 2018 com a compra dos ativos de downstream da Shell, a Raízen comercializa aproximadamente 6 bilhões de litros de combustíveis por ano, incluindo uma rede com 665 postos Shell, uma refinaria, uma planta de lubrificantes, três terminais terrestres, duas bases de abastecimento em aeroportos e ativos de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
A Fundação Raízen desenvolve uma relação sustentável e cooperativa com as comunidades vizinhas às suas unidades, tendo beneficiado mais de 13 mil alunos e 4 milhões de pessoas, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania.