Diante disso, a Associação de Educação Financeira do Brasil — AEF–Brasil, cuja missão é promover e fortalecer a causa da educação financeira em todo o país, apresenta algumas orientações que podem ajudar a equilibrar essa balança e fazer da quarentena um momento oportuno para repensar comportamentos que prejudicam uma vida financeira saudável, além de adotar novas práticas que contribuam para torna-la ainda mais promissora.
“Estamos vivendo uma crise sem precedentes no mundo com essa questão do novo coronavírus. Há muitas incertezas sobre o mercado, a economia, os empregos. Não dá para negar que quem não fez a lição de casa em relação às finanças pessoais pode sofrer mais os efeitos desse problema, já que ter uma reserva financeira num momento como este, por exemplo, poderia contribuir para atravessá-lo com um pouco mais de tranquilidade”, explica Claudia Forte, superintendente da AEF-Brasil, ao comentar a importância da educação financeira para atravessar situações como essa.
Ela reforça, contudo, que mesmo nesse contexto de crise é possível promover pequenas mudanças que colaborarão para melhorar a vida financeira e gerar impactos positivos para o futuro. “Mesmo nessa situação de quarentena continuaremos tendo gastos, especialmente com os itens básicos do nosso cotidiano. Mas como nesse contexto estamos mais voltados aquilo que nos é essencial, é um bom momento para uma reflexão sobre como economizar nas pequenas coisas e sobre os supérfluos de que podemos nos livrar, revertendo o valor dessas coisas para construir um futuro mais estável do ponto de vista financeiro”, orienta Claudia.
A seguir, confira algumas dicas da superintendente da AEF-Brasil sobre como economizar e equilibrar a vida financeira, e como ter vida saudável em meio a pandemia de saúde que nos envolve:
• Para os pais que estão com crianças em casa, evite ficar com a televisão ou computador ligados o tempo todo, pois o valor da energia elétrica pode aumentar. Em alguns períodos opte pela leitura, desenhos a mão, resgate de brincadeiras antigas e estimule o uso de brinquedos pedagógicos;
• Quem trabalha em casa, no esquema de home office, pode utilizar um cômodo que tenha uma luz natural melhor e usufruir dela o máximo possível, evitando assim o uso da energia elétrica em excesso;
• E nestes dias os computadores estão sendo mais usados que nunca e para economizar energia no uso desses equipamentos, desligue o computador e todos os periféricos da tomada quando não estiverem em uso, faça alterações nas configurações do equipamento, como regular o brilho da tela e o tempo para o micro entrar em modo de espera ou em hibernação quando estiver ocioso, podem reduzir o consumo de eletricidade;
• Encurte os banhos, pois já estaremos gastando mais água na cozinha, e explique aos pequenos que a água é vital e é finita em nosso planeta;
• Não se empolgue com as compras online. Continua valendo nesse contexto a regra de ouro de sempre pesquisar: diferenciar o que é querer e o que é precisar de algo. Além de comparar preços, taxas, condições etc. Você pode usar buscadores de preços na internet que ajudam a mapear os valores de um mesmo item em diferentes lojas virtuais;
• As indústrias e fornecedores estão abastecendo normalmente os supermercados, por isso, não há motivo para que os consumidores estoquem excessivamente a comida dentro de casa. Compre apenas a quantidade certa e para o número de pessoas da família. Além de pensar no próximo, você economizará;
• Fortaleça e apoie o comércio local, aquela vendinha do bairro pode desaparecer se nós não comprarmos lá;
• Para quem está endividado, é interessante usar o tempo livre para organizar as finanças. Anotar tudo ou fazer uma planilha para saber exatamente quanto ganha e quanto gasta por mês, além do valor total da dívida. É importante verificar o problema para tomar algumas medidas;
• Quem está endividado, não pode se dar ao luxo de comprar o que tem vontade, sem necessidade. Se for precisar mesmo fazer a aquisição de algum produto, economize e junte dinheiro para a compra à vista e com desconto. Não parcele para não comprometer o orçamento dos próximos meses, afinal ninguém saber como estará a situação do país após esta pandemia do coronavírus.
“Como se trata de um período complexo para a economia do Brasil e do mundo, esse é um bom momento para entender mais sobre finanças e lidar melhor com os desafios que aparecerão. Além disso, trabalhando em casa e com as crianças fora da escola e bom aproveitar para ensiná-los sobre economia. É uma boa hora para explicar para eles sobre os gastos obrigatórios de uma casa, como água, luz, gás e seu impacto no orçamento da família. A AEF-Brasil possui um portfólio de materiais pronto para ser usado, de livros, game, EADs, websérie e documentários gratuitos na plataforma www.vidaedinheiro.gov.br “, finaliza Claudia Forte.
A AEFBrasil — Associação de Educação Financeira do Brasil é uma OSCIP criada para executar a Estratégia Nacional de Educação Financeira — ENEF, uma política pública lançada em 2010 com a finalidade de disseminar a educação financeira junto à população. Seu principal foco de atuação é a promoção e fortalecimento da causa da educação financeira em todo o país.
A Instituição desenvolve tecnologias educacionais e sociais que visam despertar no cidadão brasileiro um comportamento financeiro saudável e consciente. Entre os projetos de destaque estão programas de educação financeira voltados a crianças e jovens dos Ensinos Fundamental e Médio e, além de projetos com foco em adultos que beneficiam, sobretudo, mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família e idosos com renda de até dois salários mínimos. O programa voltado ao Ensino Médio, por exemplo, já foi aplicado em escolas de cinco Estados e no Distrito Federal e, de acordo com avaliação do Banco Mundial, gerou um aumento da capacidade dos jovens de adotar práticas financeiras mais conscientes.
A AEF-Brasil é mantida por quatro importantes instituições do sistema financeiro nacional: ANBIMA — Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais; B3 — Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; CNSEG — Confederação Nacional de Seguros Privados e FEBRABAN — Federação Brasileira de Bancos.