Que o medo faz parte da natureza humana, isso todo mundo já sabe. Porém, quando esse sentimento passa a interferir de forma mais intensa na rotina de um indivíduo, ele recebe o nome de “fobia” e se trata de um transtorno que merece atenção.
Além da ansiedade extrema que a fobia provoca, ela também tende a desencadear outros sintomas, como falta de ar, taquicardia e tremedeira. É, portanto, uma situação bastante incômoda, tanto para a saúde quanto para o bem-estar.
De acordo com estudo da USP, nas pessoas com fobias uma parte do cérebro é menor – o cíngulo anterior do córtex. Para chegar a essa teoria, os pesquisadores analisaram, por meio de ressonância magnética, indivíduos com medo de animais.
Existem vários motivos que podem desencadear as fobias, como traumas e os medos vindos da própria família – transmitidos para a criança durante a infância ou, até mesmo, durante a gestação.
Fobias mais comuns
O número de fobias conhecidas é grande e ainda pode ser aumentado com novas descobertas. Tanto que os especialistas até as dividem em algumas categorias: animais, ambiente natural e relacionadas ao sangue (como por, exemplo, o pavor de ver agulhas).
Cada medo possui um nome próprio, com a terminação em “fobia”. A acrofobia, por exemplo, é o medo de altura. Já a aracnofobia é o de aranhas. As pessoas que não conseguem permanecer em ambientes fechados recebem a denominação de “claustrofóbicas”.
Há até mesmo medos bastante incomuns, mas que muitas pessoas não sabem se tratar de um transtorno, como a tanatofobia (fobia da morte). Mais do que temer perder entes queridos, os indivíduos tanatofóbicos podem se sentir ansiosos e ter crises nervosas quando estão próximos a itens ligados à morte. Mesmo objetos que simbolizam o respeito e o carinho com quem partiu, como uma coroa para velório, por exemplo, podem entrar nesse contexto.
Como é o tratamento
Para tratar as fobias, é necessário consultar um psicólogo para a realização de uma avaliação e a aplicação de terapias adequadas, de acordo com o medo específico e suas causas. Esse profissional irá encontrar formas de ressignificar a situação traumática para que o paciente se livre daquela angústia e possa melhorar sua qualidade de vida.
Quem tem fobia de aranha, por exemplo, precisa descobrir o porquê teme esse pequeno animal e, depois, mudar a percepção que se tem dele. Somente assim o paciente conseguirá enxergar o objeto da maneira que ele realmente é, sem sofrer por isso.
Caso seja necessário, o processo terapêutico pode incluir medicamentos para ajustar as funções neurológicas. Vale notar que apenas um profissional da área é capaz de tratar as fobias de maneira efetiva.