A artrose, ao contrário do que muita gente acredita não é coisa só da velhice. Apesar de ser muito mais comum ao avançar da idade, cada vez mais pacientes jovens tem sofrido com essa doença crônica. Só no Brasil há mais de dois milhões de casos registrados da doença, o que a colocou no ranking do Ministério da Previdência Social e do Instituto Nacional de Seguro Social do Governo Federal, como a terceira causa de afastamento de trabalho no Brasil.
Essa patologia, conhecida também por osteoartrose ou artrite é uma condição degenerativa que ataca a cartilagem, tecido responsável por revestir as articulações, causando uma inflamação e o desgaste da estrutura e sua predominância aumenta muito com a idade, motivo pelo qual se tornou conhecida como “doença da terceira idade”.
No entanto, o número de jovens com artrose vem crescendo. E esse dado pode estar ligado principalmente ao excesso de traumatismos relacionados a prática esportiva ou acidentes de trânsito. “Uma lesão ligamentar não tratada corretamente pode aumentar o atrito e a pressão entre as estruturas do joelho causando um desgaste precoce da articulação, provocando a artrose”, destaca a fisioterapeuta Raquel Silvério, diretora clínica do Instituto Trata unidade de Guarulhos.
Além disso, algumas doenças como a artrite reumatoide juvenil pode causar o aparecimento da artrose precocemente, já que ela gera um processo inflamatório nas articulações e acelera a degeneração dos tecidos. Seus sintomas mais comuns são a redução de mobilidade, inchaço e muita dor no local. A Osteoartrose pode estar presente em qualquer articulação do corpo, mas as mais comuns são as que recebem um volume de carga maior como o joelho, coluna e o quadril.
Mas apesar dessa doença ser crônica e muito dolorosa é possível prevenir a sua evolução para graus mais avançados. “Exercícios direcionados e atividade física supervisionada vão ajudar a ativar os grupos musculares específicos do corpo para que possa ser feita a distribuição mais adequada da carga muscular, reduzindo a sobrecarga na região que foi atingida pela doença” – aponta a fisioterapeuta. Outra opção é a aplicação de ácido hialurônico no local, auxiliando na lubrificação e na proteção articular. “Mas é importante lembrar que essas são medidas tomadas na tentativa de segurar o processo evolutivo da doença.” – pontua.
Somente em último caso é realizada a cirurgia, para benefício do próprio paciente, seja ele mais jovem ou mais velho. “Em pessoas com menos de 50 anos o ideal é preservar a articulação, pois se a prótese for colocada muito cedo, o paciente terá que trocá-la mais vezes durante a vida e cada troca não tem um resultado tão satisfatório quanto a primeira” – conclui Raquel Silvério.
O ideal mesmo é o tratamento precoce aos primeiros sinais da doença, fazendo o estímulo da musculatura correta, controlando o processo inflamatório como por exemplo, fazendo o uso da aplicação de laser dessa forma pode-se evitar a realização de cirurgias. A fisioterapia tem o papel de restaurar a função articular desse paciente, reduzindo a dor, melhorando a qualidade muscular, as atividades diárias e a qualidade de vida.
Sobre Raquel Silvério
Fisioterapeuta (Crefito: 116746-F) e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral. Acesse: www.institutotrata.com.br