Desde o começo de 2020, os casos de dengue deram um salto em Ribeirão Preto. Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado pela Prefeitura, já são 1.939 casos confirmados no município.
De acordo com Sílvia Fonseca, infectologista e gerente médica responsável pelo Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência do Hospital São Francisco de Ribeirão Preto – que faz parte do sistema Hapvida -, como ainda não existe uma medicação para combater o vírus da dengue, é preciso reforçar os cuidados.
“Todo o tratamento é baseado na hidratação do paciente e é fundamental dar muita atenção aos sinais de alarme, que são os sintomas que as pessoas com dengue apresentam antes de manifestarem as formas graves”, afirma a médica.
A infectologista explica que estes sinais servem para “avisar” que a infecção está progredindo e que, portanto, a pessoa deve procurar o quanto antes por ajuda médica. “Dentre os principais alarmes estão: dor na barriga forte, vômitos que não cessam, diminuição da diurese, sonolência excessiva ou irritabilidade, tontura ao levantar e sangramentos espontâneos”, lista.
Beber água, sucos, água de coco, soro de reidratação ou soro caseiro em grande quantidade é essencial durante o tratamento, assim como o repouso, para uma plena recuperação. “Idosos e crianças podem ter uma doença mais séria. Portanto, devem ser vistos diariamente pela equipe de saúde para avaliação da hidratação, da pressão arterial e do estado geral do paciente”, conclui Sílvia Fonseca.
Mitos e Verdades
• Quem já teve dengue uma vez não terá mais a doença?
MITO – Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue e a pessoa só fica imune ao tipo que a infectou. Assim, a mesma pessoa pode ter dengue quatro vezes.
• Todas as pessoas precisam fazer exames de sangue para identificar a doença?
MITO – Existem exames de sangue que ajudam a suspeitar de dengue e exames que confirmam a infecção. Mas, só o médico pode dizer quem precisa fazer exames de sangue.
• O Aedes aegypti só ataca durante o dia?
VERDADE – A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos. Portanto, só pica de dia. Já o macho não pica.
• Ao identificar sintomas como fortes dores no corpo, de cabeça, vômitos e náuseas constantes, é necessário procurar atendimento em uma Unidade de Saúde?
VERDADE – Sim. Várias infecções têm este início de sintomas e só o médico pode dizer o que é que está acontecendo.
• É possível evitar a dengue?
VERDADE – Se não tiver o mosquito não terá a transmissão de dengue. Para isso, as pessoas devem manter a casa livre de possíveis focos de proliferação do mosquito.
• O uso do “fumacê” é suficiente para evitar a dengue?
MITO – O fumacê é o último recurso no combate à dengue, pois só mata o mosquito alado. Além disso, ele é tóxico para passarinhos eborboletas, tem cheiro ruim e as pessoas fecham as janelas e o mosquito está dentro da casa. Como estratégia de combate à dengue é pouco eficiente.
• O mosquito da dengue só se reproduz em água limpa?
MITO – Não necessariamente. O Aedes prefere a água limpa, mas pode usar outra água também.
• Repelentes afastam mosquitos e ajudam no combate à dengue?
VERDADE – O repelente impede a picada por repelir o mosquito.
• Água sanitária pode matar larvas do mosquito e ajudar no combate à dengue?
VERDADE – Sim, a água sanitária ajuda a evitar e a matar as larvas.
• Em lugares altos não é preciso se preocupar com o Aedes aegypti?
MITO – Em lugares altos, como apartamentos, é preciso se preocupar, pois o mosquito entra através do elevador. Mas, em lugares altosacima do nível do mar, não há incidência de dengue, como em Campos de Jordão.
Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 6 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, América, Promed e Ame, RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 29 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais 14 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 160 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 126 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.