Famoso no exterior, o bumbum das brasileiras inspira até o nome da técnica que aumenta o glúteo nos Estados Unidos: “Brazilian Butt Lift”. Com reputação sexy, as brasileiras contribuem com essa fama por exibirem suas formas de maneira mais livre pela extensa costa brasileira e suas inúmeras praias. Apesar disso, muitas mulheres do nosso país não possuem o bumbum almejado e estão recorrendo à cirurgia plástica para aperfeiçoar seus contornos, com o famoso efeito “lifting”.
Os procedimentos para aumento do bumbum são mais comuns do que se imagina! Aliás, hoje quase não dá mais para saber quem nasceu com as formas privilegiadas e quem se aperfeiçoou por meio da cirurgia plástica. Muitas celebridades, como Kim Kardashian e Beyoncé, já fizeram, porém a maioria dos famosos que se submetem à cirurgia mantêm segredo sobre o assunto.
Mais popular do que antigamente, esse procedimento de aumento das nádegas é feito com muita frequência por diversas mulheres e homens — ocupando o 10º lugar no ranking de cirurgias feitas no Brasil —, independentemente da classe social ou profissão, e que também preferem manter em sigilo a alteração corporal. Outra coisa que muitos não contam é que não tinham dinheiro suficiente para pagar à vista e recorreram a uma assessoria administrativa que intermedeia as transações financeiras, como é o caso do Centro Nacional – Cirurgia Plástica, que oferece parcelamento do pagamento para os procedimentos cirúrgicos.
Porém, se é para elevar a autoestima, esse investimento na estética vale a pena, pois está comprovado que mesmo a cirurgia plástica sendo uma operação que possui riscos, também gera benefícios para a autoimagem, e isso é tão importante para a saúde quanto a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Só é preciso cuidado para não exagerar e escolher os melhores especialistas e clínicas, preservando a própria vida e evitando os falsos profissionais.
Para quem sonha em aperfeiçoar o bumbum, a cirurgia indicada é a gluteoplastia, que pode ser feita com enxerto de gordura ou com prótese de silicone nos glúteos. Para entender a diferença entre os dois procedimentos, entrevistamos Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional – Cirurgia Plástica:
· Enxerto de gordura
O enxerto de gordura normalmente é realizado durante a lipoaspiração. É feita uma remodelação com enxerto de gordura saudável — extraída da barriga ou da perna — nas nádegas, também chamada de lipoenxertia. O volume pode variar de acordo com cada necessidade, ficando em torno de 300 mL para cada glúteo. Neste procedimento, é possível fazer, numa mesma cirurgia, a gluteoplastia e a lipoaspiração, combinação conhecida como lipoescultura.
As vantagens da lipoenxertia são dar uma aparência natural e ainda remodelar outras áreas com gordura em excesso na lipoaspiração. O pós-operatório costuma ser mais tranquilo do que o aumento com a prótese. O procedimento é geralmente realizado com anestesia geral, mas também pode ser feito com a raquianestesia.
Para uma perfeita recuperação, no pós-operatório é necessário o uso de malha elástica por 30 dias e a realização de drenagem linfática nas áreas de lipoaspiração para aperfeiçoar o resultado. O maior incômodo é ter que evitar sentar por cerca de duas semanas, podendo usar almofadas como auxílio, preferencialmente apoiando o peso sobre as coxas.
· Prótese de silicone
A aplicação das próteses de silicone, que antes eram colocadas acima dos músculos do bumbum — deixando uma aparência artificial — mudou, e atualmente são inseridas no próprio músculo, dando um aspecto mais próximo do natural. O cirurgião realizará duas pequenas incisões na parte de cima das nádegas para colocar os implantes, que são geralmente de formato oval ou redondo. O procedimento dura em torno de uma a duas horas e o tamanho do silicone é escolhido pelo paciente, juntamente ao médico, dependendo da estética almejada, mas fica entre 300 e 400 mL. Mais modernas, as próteses estão mais seguras, com preenchimento em gel de silicone, capaz de suportar pressões, inclusive quedas.
Para a realização da cirurgia, pode ser feita a anestesia geral ou raquidiana, somente em hospital e com cirurgião plástico certificado para o procedimento. Neste caso, a recuperação é mais difícil, principalmente porque o paciente não poderá sentar diretamente sobre a prótese para não deslocá-la. Normalmente, são quatro semanas sem sentar diretamente sobre os glúteos e duas semanas sem andar de salto alto. Para tanto, será preciso o uso de almofadas que permitam que o peso do corpo fique nas coxas. Outro cuidado fundamental é a higiene do local, para evitar infecção.
Em ambas as cirurgias, os resultados começam a ser observados depois da segunda semana da intervenção, pois o inchaço na região suaviza. Porém apenas depois de 18 meses do procedimento é possível ter um resultado mais efetivo e, em alguns casos, podem ser necessárias cirurgias de retoque. O acompanhamento do cirurgião plástico é indispensável depois da cirurgia.