Informar ao laboratório de análises clínicas sobre todos os medicamentos que o paciente faz uso, seja de uso continuado ou esporadicamente, pode ser decisivo para o resultado correto de um exame. Se o paciente não informa os medicamentos que utilizou, o resultado do exame pode vir alterado, o que pode dificultar o diagnóstico correto do problema de saúde e prejudicar o tratamento do próprio paciente. Mesmo medicamentos isentos de prescrição, como um simples analgésico, podem ter interferência direta no resultado.
Por exemplo, o paciente que tomar altas doses de ácido acetilsalicílico (AAS, aspirina etc.) pode apresentar baixa no hormônio T4 e ter hipoglicemia por potencializar o efeito de insulina.
Cabe ao laboratório orientar o paciente sobre a importância de relatar o uso do medicamento e ao paciente informar todo o tipo de medicamento utilizado.
O presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Dr. Marcos Machado, especialista em Análises Clínicas, ressalta que essas informações e o material coletado para o exame devem ser enviados conjuntamente para análise. “Algumas vezes o paciente não informa sobre o uso de medicamentos e culpa o laboratório ao se deparar com uma alteração improvável, já que o exame pode ser repetido, em outro lugar, e apresentar resultados diferentes. Nesse momento ninguém pensa que pode ter sido um medicamento que o paciente usou antes do primeiro exame e não do segundo”, destaca.
Veja a relação de medicamentos que podem interferir nos resultados de exames laboratoriais
Exemplos de medicamentos vendidos sob prescrição que alteram exames laboratoriais
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