Se o que não falta no Brasil é aquele “sol de rachar”, aproveitar ele para gerar energia limpa e economizar na conta de luz se tornou o investimento preferido dos consumidores do país.
Através da instalação das populares placas solares e demais equipamentos dos chamados sistemas fotovoltaicos, pessoas e empresas produzem sua própria energia para fugir dos altos preços praticados pelas distribuidoras, uma redução que chega a até 95%.
Com essa economia obtida na conta de luz logo no primeiro mês de uso do sistema, e que se estende por mais de 25 anos de vida útil do painel solar, um consumidor residencial consegue obter o retorno do sistema, em média, entre 4 a 5 anos.
Regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), esse segmento de geração solar distribuída apresentou crescimento de 127% em 2018, saltando de 21.987 sistemas até 2017 para 50.068 no último dezembro; antes da regulamentação de 2012, eram apenas 3.
Isso representa mais de 500 megawatts de energia limpa gerada diretamente dos telhados de comércios, indústrias, agronegócios, prédios públicos e, principalmente, das casas do país, público que deve chegar a 886.700 consumidores até o final de 2024, segundo as projeções oficiais da ANEEL.
No comparativo por trimestre, o terceiro foi o melhor para a tecnologia no país, quando se instalaram 7.998 sistemas, outros 7.927 foram conectados no quarto trimestre, 6.348 no segundo e 5.808 no primeiro, totalizando 28.081 novas conexões no ano.
Distribuída por região, vemos que essa expansão foi mais forte no Sudeste, com 12.490 sistemas, seguida pela região Sul, com 7.919, Nordeste com 3.970, Centro-Oeste com 2.928 e, por último, a região Norte com 774 sistemas.
Com a contínua queda dos preços da tecnologia e o aumento do valor da energia no Brasil, especialistas apontam novo crescimento para a energia solar em 2019, fonte que, junto com as grandes usinas solares, deverá liderar a matriz elétrica do país até 2040.