Janeiro é o mês dedicado à prevenção e informação sobre o câncer do colo do útero, também chamado de cervical. A neoplasia, que tem como causa principal a infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos) também pode estar relacionada a diversos outros fatores, entre eles: início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros, tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados) e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
Segundo levantamento do Inca, esse tipo de câncer é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira e em 2015 (último dado disponibilizado) resultou em 5.727 mortes. De acordo com o Oncologista Diocésio Andrade, do InORP/Grupo Oncoclínicas, os números são alarmantes e chama atenção, sobretudo, para a importância da prevenção. “O uso de preservativos durante a relação sexual, a realização periódica do exame Papanicolau e a vacinação contra HPV são essenciais para prevenção e diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de cura”, explica o médico.
Sintomas
Segundo Dr. Diocésio Andrade o câncer do colo do útero tem um desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. “Nos casos mais avançados da neoplasia alguns sintomas podem sinalizar a evolução da doença, entre eles sangramentos fora do período menstrual, secreção vaginal anormal, dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais em casos mais avançados e sangramentos ou dor durante e/ou após o ato sexual”, afirma.
Tratamento
Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.