Decisão ajuda a acabar com o consumo indiscriminado e sem prescrição médica, acredita nutricionista clínica Laís Gomes, da Aliança Instituto de Oncologia
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última terça-feira (17), a regulamentação dos suplementos alimentares. A decisão visa garantir a segurança dos consumidores, já que muitos produtos eram comercializados indevidamente e sem prescrição médica.
Com a mudança, os produtos terão que trazer no rótulo a palavra suplemento e os que já estão no mercado terão um prazo de cinco anos para se adequar às novas regras.
A medida agradou profissionais de saúde, como a nutricionista clínica Laís Gomes, da Aliança Instituto de Oncologia.
Para ela, a regulamentação é de extrema importância, para se evitar principalmente o consumo exacerbado e ainda obrigar que os produtores expliquem em detalhes o que há nos produtos, comprovando sua eficácia, benefícios e malefícios.
“A população vem utilizando suplementos alimentares de forma indiscriminada e muitas vezes que não são prescritos por profissionais de saúde, isso gera risco para saúde”, aponta.
Mas para que serve o suplemento mesmo?
A nutricionista explica que a função do produto é complementar a alimentação. “Ele não pode ser usado para substituir nenhuma refeição”, adverte.
De acordo com ela, vários suplementos podem trazer malefícios para o organismo, como problemas renais ou sobrecarga de algum nutriente.
“O profissional de saúde vai analisar cada caso, a depender da população, da idade, da atividade física que está sendo realizada e também a necessidade, porque o suplemento vai servir para suplementar a alimentação e muitas vezes, já se consegue o nutriente específico apenas com o alimento”, complementa.