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EXPECTATIVAS POSITIVAS COM A SITUAÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS CAEM ENTRE MICRO E PEQUENAS INDÚSTRIAS

Pesquisa indica que 44% dos empresários da categoria acreditam que a inflação vai subir nos próximos três meses

A 63ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao Datafolha, revela que no mês de maio a categoria baixou as expectativas positivas em diversos aspectos da economia. Como, por exemplo, o desemprego, no qual 38% das micro e pequenas indústrias (MPI’s) preveem alta para os próximos três meses, em março eram 27%.

A inflação também foi analisada, sendo que 44% das MPI’s acreditam que vai aumentar, ante 27% em março. Para outros 37% da categoria o poder de compra vai diminuir, o dado anterior era de 26%.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, há vários fatores, tanto externos como internos, que estão afetando a confiança dos empresários da categoria, que já se encontravam em um quadro delicado devido aos anos de crise mais forte. “A greve dos caminhoneiros, por exemplo, foi um acontecimento que trouxe ainda mais prejuízo para os empresários”, pontua.

Mudanças no cheque especial
Outro aspecto analisado pela pesquisa foram as novas medidas no uso do cheque especial anunciadas pelos bancos recentemente. Os clientes que utilizarem acima de 15% do limite por mais de 30 dias terão a opção de migrar a dívida para um crediário. Porém, para 43% das micro e pequenas indústrias (MPI’s) que utilizaram cheque especial em maio, as instituições bancárias serão mais beneficiadas do que os clientes.

“Essa nova modalidade, cuja adoção não será obrigatória, entrará em vigor em menos de um mês. Mas, 83% das micro e pequenas indústrias que utilizam o cheque especial consideram que a melhor alternativa seria adotar juros mais baixos”, explica Couri.

Entretanto, para 43% das MPI’s essa mudança irá melhorar a situação financeira dos que fazem uso do cheque especial, enquanto para outros 37% a situação não vai sofrer alteração.

Termômetro da crise
O estudo sobre a série histórica do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, realizado nos últimos cinco anos e denominado Termômetro da Crise, traça um panorama desde o período pré-crise, passando pela recessão, até o cenário atual. Esta análise foi encomendada pelo Simpi ao Datafolha e é atualizada mês a mês.

O Termômetro da Crise apresenta a temperatura do momento econômico presente, sendo que quanto maior a temperatura, maior a probabilidade de agravar a situação das MPI’s.

“A temperatura de maio deste ano indica que há 37,7% de probabilidade de termos uma piora. Isso significa que os empresários da categoria estão apreensivos porque o otimismo com que entramos em 2018 não se concretizou, tanto pouco está se traduzindo na retomada da economia”, finaliza.

A Pesquisa
O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como sinalizador de tendência. É importante salientar que 42% das MPIs de todo Brasil estão em de São Paulo.

A íntegra das 63 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível no site da entidade (http://www.simpi.org.br).