Eles eram favorito ao título, enfrentaram novatos com toda torcida contra, e deu a ‘zebra’. Os habituadíssimos a decisões sucumbiram à genialidade e a força dos oponentes, provavelmente socorridos pela pressão e a vontade maior para reverter as expectativas. Pancadas fortes não faltaram em ambas as batalhas, delírio da torcida pelo resultado final idem. Anderson Spider Silva e Novak ‘Lobo’ Djokovic foram superados por Chris Weidman e Andy Murray no UFC 162 e Wimbledon, duplo respectivamente de maneiras distintas.
Anderson desmereceu Weidman, a começar pela provocação manjada de selinho na pesagem. Sua alta-confiança em baixar a guardar para chamar o adversário (há quem diga que Steven Seagal é o mentor da tática) não teve êxito dessa vez. O desleixo e a soberba do brasileiro se destacaram bem mais que o mérito do americano.
Não é a derrota em si o motivo de massacrar Anderson Silva pelas mídias sociais, Pezão, Cigano, Belfort, Mashida e Vand já caíram honrosamente perante adversários difíceis, mas o quão debochado e prepotente ele ‘partiu’ para cima de Weidman.
Talvez Spider se inspirasse nos Cavaleiros do Zodíaco, quando os heróis apanham muito no início para derrotar o inimigo com poucos golpes depois, mas na luta dessa madrugada(?) parece que tinha um Zeus ou Apollo do outro lado. Contratos publicitários podem ser cancelados.
Já na final do Grand Slam inglês na manhã o ponto de vista era digno de aplausos, literalmente: um Murray engasgado com um vice em 2012 para o lendário Federer, superando-o posteriormente nas Olimpíadas de Londres, e a perda do Australia Open para o sérvio. O escocês, que vira britânico nas horas convenientes aos ingleses, não deixou Novak se sair bem nem nas derrapadas famosas no fundo da quadra.
Aces, forehands, backhands, smashes, lobs…em quase todas as técnicas da raquete Andy bateu (no bom sentido) o tenista nº 1 da ATP e Djoko, simpático como sempre, levou numa boa a surra incomum de 3 sets a 0 levada em meras duas horas de partida, se não durou menos.
Os combates desse final de semana trouxeram sentimentos distintos aos brasileiros. Da humilhação e vergonha por Spider, que por enquanto recusou a revanche, a inveja pelo esforço e o carisma de Djokovic e o respeito à determinação de Andy Murray.
E à Weidman? Quem sabe a alegria duvidosa por esse lutador ter desmistificado (ou desmascarado) um profissional que calculou sua vitória como se fosse um Deus em forma de humano, e lembremos que todo humano na tentativa subirem ao degrau de divindade tiveram memoráveis quedas.
[author] [author_image timthumb=’on’]http://www.guairanews.com/wp-content/uploads/2012/04/gabrielogata.jpg[/author_image] [author_info]Gabriel Carlos Ogata Nogueira é graduado em História pela Unimep (2008), pós-graduado em História do Brasil e da América no Cenário Geopolítico Contemporâneo pela Unifran (2011) e formando em Geografia pela Unifran (2012). Professor nas escolas Centro Educacional Ana Lelis Santana e Escola de Educação Básica e Educação Profissional Irum Curumim. Autor do Blog http://autoparapessoas.