Em pouco mais de um mês de aulas, um dos ônibus de estudantes com destino à Franca quebrou, se não me engano, quatro vezes, sendo duas já dentro de Guaíra, na volta (ainda bem). O problema não é da coordenação de ônibus, AEG, muito menos motorista, porque desde o ano passado os pedidos, incluindo goteiras, foram encaminhados. O que surpreende é a indiferença da empresa em resolver esses ‘pequenos’ problemas (para não citar os piores) e a indiferença das autoridades públicas, há quatro anos escolhidas por nós, estudantes e trabalhadores que pagam impostos e precisam chegar bem em casa pra acordar no outro dia para trabalhar. Ainda lembro dos eternos quinze ônibus universitários prometidos e nada!
Alguns argumentam que os pedidos deveriam ser protocolados na associação, visando datar os infortúnios, para depois encaminhar para a prefeitura. Reclamações podem conter rubricas, autenticações e mais 10 registros burocráticos, tenho certeza que a resposta será a mesma: vocês estarão sendo comunicados assim que possível (bem gerundismo mesmo). Estamos próximos de uma Ocupação Jovem em que deve ser tudo exigido, porque negociar não resolve.
Outros afirmam que o desconto no transporte é um dever do Governo Federal e não do município (o velho embate PT e PSDB e agregados que não se resolverá tão cedo). Agradeço à prefeitura pelos R$150,00 abatidos, no entanto já constatei, por exemplo, que o ônibus de Guará para Franca, que é praticamente a metade do percurso de Guaíra (63km contra 107km) sai de graça e com transporte decente. Se há um monopólio nas licitações das empresas, que pelo menos ofereçam um veículo seguro para levar os alunos.
Lembrei de um fato em que o pessoal da empresa responsável é extremamente eficiente: barrar quem não acertou a mensalidade. Já presenciei um colega ser impedido de entrar porque atrasou em alguns dias o pagamento, com direito à escarcéu à la Sr. Barriga na frente de todos. Existe um universo de diferença de quem não paga por simples calote e/ou malandragem de quem realmente tá no aperto em final/começo de mês.
Abrir crédito ou outra data limite, ainda que com alguns juros ou multas, não custa nada para o cobrador. Pior que quem toma a bucha é o motorista ‘malvado’ ou o coordenador ‘mercenário’ e a AEG ‘burguesa’.
[author] [author_image timthumb=’on’]http://www.guairanews.com/wp-content/uploads/2012/04/gabrielogata.jpg[/author_image] [author_info]Gabriel Carlos Ogata Nogueira é graduado em História pela Unimep (2008), pós-graduado em História do Brasil e da América no Cenário Geopolítico Contemporâneo pela Unifran (2011) e formando em Geografia pela Unifran (2012). Professor nas escolas Centro Educacional Ana Lelis Santana e Escola de Educação Básica e Educação Profissional Irum Curumim.[/author_info] [/author]